Farc libertam jornalista francês após um mês de cativeiro na Colômbia

O jornalista francês Roméo Langlois é cercado por colegas após ser libertado nesta quarta-feira (30), em imagens da TV venezuelana Telesur (Foto: AFP)
França, Colômbia e Cruz Vermelha negociaram soltura do repórter.

As Farc(Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) libertaram nesta quarta-feira (30) o jornalista francês Roméo Langlois, que estava refém da guerrilha havia mais de um mês na selva da Colômbia.
Imagens de TV mostraram Langlois sorrindo ao ser entregue, em uma aldeia no sul da Colômbia, à missão humanitária que o libertou após negociação com a guerrilha e dizendo que recebeu bom tratamento dos guerrilheiros.
Langlois, repórter da TV France 24, foi tomado refém durante um tiroteio entre rebeldes bem armados e militares na região de Caquetá, em 28 de abril. Ele estava no local acompanhando os militares.
"Além de ter sido mantido refém por um mês após ser ferido, o resto está bem", disse ele aos jornalistas após ser libertado.
O jornalista francês Roméo Langlois 'filma' durante sua libertação pelas Farc nesta quarta-feira (30) na Colômbia (Foto: AFP)

Bem humorado, Roméo Langlois disse que recebeu bom tratamento.

Langlois, de 35 anos, foi ferido no braço esquerdo, mas parecia estar com boa saúde.
Ele elogiou o tratamento recebido, mas observou que, com sua captura, foi "'foi feita muita política de lado a lado".
Langlois chegou ao local da libertação cercado de rebeldes vestidos com roupas camufladas e de moradores locais. Muitos deles tiraram fotos suas com seus telefones celulares.
Michel Langlois, pai do jornalista, disse à TV francesa que só agora acredita que seu filho está bem.
Alain de Pouzilhac, chefe da empresa a que pertence o canal 24, disse que a libertação foi um "grande alívio" e agradeceu aos governo da Colômbia e da França e à Cruz Vemelha Internacional, que fizeram a negociação.
Ele ressaltou que a guerrilha manteve sua palavra durante o processo.
As Farc iniciaram como um movimento camponês marxista nos anos 1960 e depois passaram a sequestrar, extorquir e traficar drogas para financiar a sua insurgência.
União Europeia e Estados Unidos classificam o grupo como terrorista.
As Farc manifestaram desde o início da captura do jornalista sua intenção de libertá-lo e reivindicaram também seu "pleno direito de deter e investigar" um colombiano ou um estrangeiro no país.
A guerrilha também chegou a exigir que ocorresse um "debate nacional e internacional sobre a liberdade a liberdade de informar", antes de soltar o jornalista, mas o governo colombiano rechaçou a proposta.
Além disso, justificou a captura afirmando que Langlois usava um colete e um capacete do Exército no momento do sequestro, já que ele acompanhava um batalhão antidrogas para fazer uma reportagem sobre seus trabalhos.

G1

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