COM 720 INSCRITOS, DUQUE DE CAXIAS MAIS UMA VEZ SOFRE COM PROBLEMAS DE ORGANIZAÇÃO

Foto José C Fidelis Jr

Com 720 inscritos, a 30ª Corrida Rústica Duque de Caxias, o mais tradicional evento esportivo de Jacobina, mais uma vez apresentou problemas de organização, a exemplo das corridas anteriores, erros estes que vem afastando cada vez mais os atletas de fora. Este ano foram registrados problemas como, por exemplo, de chipagem. Alguns Chipes quebraram, outros não funcionaram, o que provocou a demora na hora de de divulgar a classificação, tanto é que até o presente momento a Federação Baiana de atletismo ainda não divulgou a classificação oficial por categorias da corrina.

Outra reclamação dos atletas é que não havia água nos vestuários e banheiros do estádio, o que causou problemas e constrangimento aos corredores. O pequeno número de troféus por categoria  deixou os competidores frustrados e com saudade dos tempos em que a corrida era organizada pelo Capitão Florentino Assunção, que arregaçava as mangas e saia em busca de parcerias com os comerciantes da cidade e conseguia centenas de troféus e medalhas para premiação dos competidores.


A divulgação pífia, feita apenas em alguns órgãos de imprensa escolhidos a dedo pela prefeitura também contribuiu para o pequeno número de inscritos. Em Jacobina mesmo , por incrível que pareça, tinha gente que não sabia que a corrida era domingo.

Uma pena,  a corrida Duque de Caxias, que antes atraia multidões , não só no estádios, mas em todos os bairros que passava, vem se apequenando a cada ano. Não se viu neste ano nenhum atleta como os quenianos por exemplo, que vinham em grande número participar da Duque, uma das mais tradicionais corridas rústicas do país. Lembro-me por exemplo de ver João da Mata correndo aqui, muitos campeões da tradicional São Silvestre de São Paulo passavam por Jacobina devido a fama que a corrida tinha nacionalmente. Hoje o que se vê é uma organização atropelada, feita de última hora, com mudanças de roteiros constantes, devido as péssimas condições das ruas da cidade, e que confundem a cabeça dos competidores.

É preciso que se tome uma atitude. A Duque de Caxias é , antes de tudo , um patrimônio do Jacobinense,  mas que não vem sendo tratada com a devida seriedade e respeito pelos governantes que, de forma direta ou indireta, veem paulatinamente decretando a sua falência em doses homeopáticas, ano após ano, com erros primários e infantis, provocados por uma visão míope e nanica. Jacobina não merece sofrer mais esta perda. A Duque de Caxias tem que ser respeitada em sua tradição , para o bem não só de Jacobina, mas para o atletismo brasileiro

Emerson Rocha / Bahia Acontece

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