Silvio Santos ganhou a sua primeira biografia em
1969, doze anos antes de fundar o SBT. Escrita pelo roteirista Rubens
Francisco Lucchetti e desenhada por Sérgio M. Lima, a obra saiu em
formato de história em quadrinhos e é até hoje a única autorizada pelo
apresentador. Batizada de "Silvio Santos: Luta e Glória", a HQ teve
tiragem de 200 mil exemplares que se esgotaram rapidamente. Atualmente,
cada exemplar é disputado a tapas por colecionadores em todo o país.
Pensando nisso, o escritor Rafael Spaca revelou ao UOL que vai relançar a
obra pela editora Avec provavelmente no segundo semestre de 2017, com a
bênção do autor, Rubens Francisco Lucchetti, e colorizado pelos alunos
da Faculdade Rio Branco, em São Paulo. Há mais de 50 anos em atividade,
Silvio Santos é um dos maiores comunicadores do Brasil e a poucos dias
de completar 86 anos, em 12 de dezembro, ele ganhou também uma exposição
no MIS (Museu da Imagem e do Som) de São Paulo. De acordo com Spaca, a
história original não será modificada. "Este quadrinho é considerado a
primeira biografia de Silvio Santos e escrita por ninguém menos que o
Lucchetti, um dos maiores roteiristas de quadrinhos e TV do Brasil",
afirma. Artur Vecchi, dono da Avec Editora, responsável por publicar a
nova edição do quadrinho, confirmou ao UOL que a obra vai sair no
segundo semestre. A tiragem, no entanto, será de apenas mil exemplares.
"Podemos imprimir mais caso a procura seja grande", diz Vecchi. A HQ vai
sair no tamanho de uma folha A4, com capa cartonada e papel couché. O
preço deverá girar em torno de R$ 35. O gibi conta a história de Silvio
Santos, desde a infância, quando trabalhou como camelô, passando pelo
serviço na Aeronáutica como paraquedista, até a mudança para São Paulo.
"Todas as quintas-feiras, por volta do meio-dia, eu ia aos estúdios da
Rádio Nacional, em São Paulo, onde o Silvio gravava seus programas. Ele
me recebia numa sala minúscula e colocava um relógio sobre a mesa.
Durante dez minutos, ele me falava sobre a sua vida e assim que acabava o
tempo, eu tinha que ir embora", lembra o autor Lucchetti.
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